Gueixas

      O treinamento de uma gueixa, pode iniciar-se aos 3 anos e 3 dias se ela for filha de uma gueixa, caso não, pode iniciar-se a qualquer momento de sua vida na idade infantil. Normalmente estas crianças são compradas de seus pais ou levadas por eles para que iniciem seu treinamento, desde que sejam aceitas, até um local chamado Okiya, ou seja, uma casa para gueixas. São treinadas e custeadas por uma mulher a quem chamam de Okami ou Okasan, (palavra japonesa que quer dizer mãe).
      As jovens aprendizes de gueixa, estudam por muitos anos e em sua rotina estão inclusas aulas de dança, cerimônia do chá, aulas de shamisen e outros instrumentos, diversos idiomas e principalmente, o melhor modo de ser uma excelente anfitriã.
      As jovens gueixas, quando iniciam sua carreira, costumam usar um penteado chamado "pêssego partido" com um lenço de cetim vermelho no meio, que a princípio para nós, pode não ter nenhum significado, mas para os futuros clientes, sugere algo erótico. Tente usar sua imaginação e visualizar um pêssego partido com uma linha vermelha nesta abertura e irá imaginar do que estou falando.
      As gueixas não costumam se casar nem ter parceiros fixos, a não ser que eles possam bancar seus luxos e consequentemente, ajudam a custear o Okiya em que a gueixa vive, pois é através do trabalho dela, que toda sua casa é mantida. Porém, uma gueixa costumava ter dois ou três homens no decorrer de toda sua vida e apenas com eles, se davam o prazer do sexo. Uma gueixa trabalha duro, se apresenta em diversas casas de chá e é convidada a se apresentar em várias festas, recebem por esse trabalho e repassam um valor para a Okasan que custeia os estudos das futuras gueixas, a alimentação e as empregadas do Okiya.
      Toda gueixa precisa de uma iniciadora, considerada irmã mais velha e á partir das apresentações que são feitas durante estas cerimônias e festas, a jovem gueixa passa a ser requisitada, ajudando assim, o Okiya também.
      Conhecidas pela beleza e elegância, as gueixas sempre tiveram um lugar de muito prestígio na sociedade, principalmente japonesa, porém, erroneamente, sempre foram confundidas com prostitutas, embora não se deitassem com seus contratastes, pois viviam em Okiyas próximo a locais onde a prostituição era permitida pelo governo, difamando assim as gueixas.
      Até hoje no Japão, existem casas onde se encontrem gueixas e continuam sendo admiradas e requisitadas pelos homens e hoje em dia, até mulheres buscam a presença delas, pois a beleza é admirável e qualquer um gostaria de tê-las por perto.
      Apesar de toda confusão, as gueixas são e sempre serão, exemplos de cuidado e beleza! Quem sabe um dia, eu possa me vestir como uma delas e experimentar a sensação de encantar todos ao redor, como estas mulheres indescritíveis fazem tão bem!
      Em nome da equipe FILHAS DO SOL NASCENTE, gostaria de agradecer sua visita e esperamos sinceramente, que nosso humilde blog, continue lhe agradando!

Monte Fuji - Beleza sagrada inigualável

      Não há como falar de Japão, sem falar do Monte Fuji, um dos vulcões mais lindos, uma montanha de beleza impossível de descrever. Embora seja um vulcão, o risco de erupção é muito baixo e inúmeros alpinistas se arriscam na aventura de escalar esta obra de arte da natureza. Está localizado a oeste de Tóquio, sendo possível admirá-lo em dias limpos.
      A primeira pessoa que subiu ao Monte Fuji, foi um monge anonimo, no ano de 663 e o primeiro estrangeiro a realizar este feito foi Sir Rutherford Alcock no ano de 1860.
      O alto do Monte é considerado sagrado e a subida de mulheres era proibida até a Era Meiji.
      Representado em uma série de pinturas, chamada Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji, do artista Okiyo-e (um tipo de arte em xilogravuras e pinturas) Katsushika Hokusai em 1832 e apesar do nome, foi feita em 46 gravuras de madeira, pinturas que retratam o Monte Fuji em diferentes estações do ano e visto de diversos lugares, mais próximos ou mais afastados e com condições climáticas diferentes. A série de pinturas recebeu o nome de Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji, pois haviam sido lançadas apenas 36, porém, dez anos após foram incluídas mais 10 obras, totalizando as 46 obras!
      Aqui, apenas algumas imagens do Monte Fuji, artes muito bem apresentadas e que retratam maravilhosamente bem a beleza deste lugar lindo e sagrado!!!
      Agradeço em nome da equipe FILHAS DO SOL NASCENTE, por sua atenção ao nosso humilde blog!!!

                                         

Tanabata - Sama

Linda canção tradicional japonesa

Tanabata - Sama

Seppuku e Harakiri

      A lealdade no Japão é uma coisa muito intensa!
      O ritual do Seppuku, popularmente chamado Harakiri, iniciou-se por volta do século XVII, realizado por guerreiros e samurais.
      Conhecidos por ter apenas um Mestre durante toda sua vida, ao perde-lo, cometiam o Seppuku, uma espécie de suicídio, como prova de sua lealdade, que faz parte do código de conduta deles (BUSHIDO), porem os guerreiros e samurais que não tivessem coragem de realizar o suicídio, eram conhecidos como guerreiros sem mestre (RONIN), a maior desonra que um guerreiro pode ter.
       Havia todo um ritual de preparação, onde se banhavam para limpar o corpo, vestiam uma roupa branca, representando a purificação, escreviam algumas palavras, que podia ser um poema, uma carta, ou o que desejassem, chamavam toda a familia e amigos, para presenciar a retomada da honra, que perderam junto com o Mestre, de volta e realizavam o seppuku. Eles enfiavam uma espada no meio da barriga e iam puxando da esquerda pra direita, ate chegar na metade e depois disso, puxavam com um golpe violento pra cima, acreditavam que no meio da barriga, se localizava a alma Por ser um processo que causava muito sofrimento e muitos agonizavam por horas antes de morrer, muitas vezes havia outro samurai, chamado de Kaishakunin, amigo ou inimigo do suicida ( um inimigo poderia se oferecer para acompanhar o suicídio, caso reconhecesse a bravura e coragem do guerreiro), que o golpeava, para por fim ao sofrimento. O kaishakunin era responsável por golpear o suicida no pescoço, com um golpe certeiro de misericórdia, mas não deveria desprender a cabeça do corpo, ela deveria ficar presa ao pescoço por uma pele, pois fazer a cabeça rolar era sinal de grande falta de respeito.

Pés enfaixados ou pés de lótus

      Um costume muito forte no Japão, iniciado aproximadamente no século X, eram os pés enfaixados, que deviam ser enfaixados com pedaços de tecido de mais ou menos 6 metros. Por volta dos 5 anos de idade, as mães enfaixavam os pés das meninas, para que não pudessem crescer e assim, tornarem-se sensuais para atrair um marido. Quatro dedos eram quebrados e enfaixados, impedindo assim, que os ossos voltassem ao seu lugar e crescessem normalmente, com exceção dos dedões, que ficavam intactos para que as meninas pudessem se equilibrar, sob os minúsculos pés
      Os filhos adotivos de homossexuais também tinham os pés quebrados e enfaixados
      As mães que não tivessem coragem de quebrar e enfaixar os dedos, eram consideradas fracas e suas filhas, não conseguiam se casar com bons maridos
      Quando o casal estava em meio ao casamento, a mãe do noivo levantava o vestido da noiva para ver os pés, se ela não tivesse os pés de lótus, era repudiada pela sogra, que a olhava com desprezo e a mãe da noiva também era repudiada pela sociedade.
      Em 1949 os comunistas assumiram o poder, banindo esta tradição e as mulheres que tinham os pés enfaixados, eram alvo de ridicularização, mesmo tendo iniciado esta pratica, por consequência de um costume local.
      Culturalmente, acho desnecessário dizer que esta pratica, a principio, era admirada por uma grande maioria da população, porem, a dor que estas mulheres sentiam, era  muito intensa, principalmente, por que seus dedos necrosavam e havia um odor pútrido saindo de seus pés quando não usavam as faixas, nestes momentos, normalmente, elas tiravam os tecidos mortos e voltavam a enfaixar os pés, sendo estes raros momentos, os poucos, em que seus pequenos e sofridos pés, se viam livres do incomodo uso das tão dolorosas faixa.
      Bom, depois desse resumo, acho desnecessário falar qualquer coisa e assim como na maioria das publicações, vou me abster de comentários particulares 
      Agradeço em nome da equipe FILHAS DO SOL NASCENTE!

19* Exposição do Japão

      Nos dias 08,09 e 10 ocorreu a 19* exposição do Japão, uma incrível junção de talentos, entre músicos, dançarinos, cosplay, artes corporais, artesanatos variados e claro: COMIDA!!!
      Sinto não ter tido tempo para acompanhar as atrações na integra, pois precisava conhecer a arte deste povo tão querido e não consegui ficar apenas na plateia, olhando todos os gigantes que se empenharam para dar um show no palco, mas de qualquer forma, pude observar algumas danças e ouvir o som que vinha de la, o que me deixou muito feliz! ME SENTI NO JAPÃO, mesmo sem nunca ter estado lá!!!
      Sai de lá, mais encantada com a riqueza da cultura japonesa e muito mais empolgada em conhecer este pais maravilhoso! Fiquei contente em perceber que a recepção foi bem calorosa, a atenção dada a nós foi bem brasileirinha :)
      Entre as inúmeras atrações, haviam os workshops infantis, adultos e uma área reservada para a 3* idade com movimentos corporais e uma vivacidade incrível, daqueles que são e sempre serão os pilares de suas famílias.
      Acho importante ressaltar, que para os japoneses, os pais são o que há de mais importante, pois são eles que educam os netos e cuidam enquanto a energia vital dos filhos e genros/noras estão em alta, para que estes possam trazer o sustento para todos e continuar mantendo a qualidade, principalmente, da alimentacão.
      Aprendi muito nesta exposição, mudei alguns conceitos, quebrei alguns tabus, mudei minha visão em relação aos japoneses, mas, além disto tudo, me apaixonei mais por eles e renovei a certeza de que quero conhecer este lugar tão cheio de diversidades e moldado sob valores morais e honra!!!
      Agradeço em nome de toda equipe FILHAS DO SOL NASCENTE, por dispor do seu tempo para acompanhar este singelo blog!!!

Vamos de música!!!

            Vamos ao som de música japonesa para alegrar a alma!!!

Cerimonia Matrimonial Japonesa

      Ainda hoje no Japão, existem casamentos arranjados, intermediados por um profissional, um amigo, um familiar... Assim como, existem os casamentos realizados por amor, igualzinho acontece aqui no Ocidente.
      Os noivos escolhem a forma que será realizada a cerimônia, que pode ser num templo xintoísta, budista ou até mesmo nos padrões cristãos, mesmo que apenas 1% da população japonesa seja cristã.
      Os convidados presenteiam os noivos com envelopes contendo algum valor, que varia de acordo com as possibilidades e grau de intimidade com eles. Jamais, em hipótese alguma, são presenteados com objetos cortantes ou que se dividam em partes iguais, pois acreditam que isso lhes trará má sorte.
      Existe também a superstição quanto a numerologia dos presentes, por exemplo: um presente que tenha 4 ou 9 itens são considerados números de azar. Jamais se deve presentear os noivos com objetos assim. Há também a superstição quanto a palavras durante o casamento como: corte e separar, pois também trazem má sorte.
      Mas a numerologia também é levada em consideração para escolher a data do casamento e normalmente os casais preferem se casar no mês de novembro (11) pois este é um numero de muita sorte para os japoneses, o que faz com que hajam muitos casamentos de uma única vez.
      Enfim, um casamento ao estilo japonês requer, principalmente, conhecimento das tradições e superstições e se por acaso, seu sonho é se casar "A LA JAPÃO" tem que estar ciente que os gastos são maiores, sim, mas a festança é linda e encantadora!
      De qualquer forma, o Japão é uma terra rica de cultura e muito tradicional e será importante enviar uma "cartilha" aos convidados, para que tenham ao menos, uma noção do que é o casamento japonês e suas tradições!
      Agradeço seu tempo, em nome da equipe Filhas Do Sol Nascente!
     

Até breve!!!